Reunir o grupo a fim de refletirmos sobre nossa prática é pauta obrigatória para que possamos referendar o que é coerente e o que deve ser reajustado na caminhada. Temas como a afetividade estão em pauta em nossas reflexões , pois somos sabedores que:
As reações emocionais exercem uma influência essencial
e absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em todos os
momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem
melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que
essas atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência e a
pesquisa têm demonstrado que um fato impregnado de emoção é
recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito
indiferente. (VYGOTSKY, 2003, p.121)
E ainda:
Os sentimentos e as operações intelectuais não constituem
duas realidades separadas e sim dois aspectos complementares
de toda a realidade psíquica, pois o pensamento é sempre acompanhado
de uma tonalidade e significado afetivo, portanto, a afetividade e a
cognição são indissociáveis na sua origem e evolução, constituindo os
dois aspectos complementares de qualquer conduta humana, já que
em toda atividade há um aspecto afetivo e um aspecto cognitivo
ou inteligente. (PIAGET, 1983, p. 234)
É contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade,
ela constitui um conjunto indissociável e original. Na sucessão de suas
idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses.
Feita de contrastes e de conflitos, a sua unidade será por isso ainda
mais suscetível de desenvolvimento e de novidade. (WALLON, 2007, p. 198).
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a
viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa
palavra. O professor, assim, não morre jamais...” (ALVES, 2000 p.5)