sábado, 1 de novembro de 2014

A arte de escrever


   A obra Correspondência de Bartolomeu Campos de Queirós serviu como incentivo à escrita para a turma do quarto ano. Maravilhados com a maneira poética de escrever do autor, as crianças redigiram cartas cheias de encanto e poesia.
 
 
Temos aqui algumas das cartas escritas por educandos do quarto ano e por sua professora:
 
 

                              Torres, 10 de setembro de 2014

                                                             Querid...   ...............................................,

                  Hoje, quando acordei, abri minha janela e o sol iluminou tudo. Eu agradeci a Deus por estar viva, por ter uma família saudável, um trabalho que eu adoro e muitos amigos verdadeiros.

                Os pássaros pousaram na caneleira, em frente de casa e me fizeram lembrar a palavra liberdade. Que palavra linda, você não acha? Falando em palavras, pensei também que muitas delas andam por aí, perdidas, jogadas em um canto qualquer, esquecidas pelos homens. Então, tive uma ideia: escrever essa carta pedindo a você que me ajude a resgatar algumas dessas palavras e espalhá-las por todos os lugares.  Pensei em quatro delas que valem mais que ouro. São elas: RESPEITO, IGUALDADE, GENEROSIDADE e AMOR. Vamos juntos gritá-las aos quatro ventos. Elas precisam alçar voo e pousar entre nós.

               Sei que você pode me ajudar a mantê-las vivas e iluminadas para sempre. Com a nossa UNIÃO e nosso ESFORÇO elas vão achar um abrigo seguro no coração dos homens. Todos nós precisamos que elas permaneçam eternamente vivas.

             Certa de que meu simples pedido será acolhido por seu imenso coração, com muito carinho, me despeço.

            Um grande abraço,

                                                        Siloí .

 


 

                            Torres, 10 de setembro de 2014

Querida professora Siloí,

                              Peço a sua ajuda, pois algumas palavras maravilhosas estão dormindo num sono profundo.

                             Hoje despertei com sete palavrinhas que estavam dormindo. Elas apareceram cada uma, em uma cor do arco-íris. As cores eram as seguintes:  e as palavras eram AMOR, COMPREENSÃO, PAZ, AMIZADE, FELICIDADE, HUMANIDADE E IGUALDADE. Não as deixe dormirem novamente.

                          Mas logo após o arco-íris veio o sol e trouxe duas palavras em seus raios, as palavras eram FOME e MALDADE; me ajude a deixá-las dormindo?

                        Um abraço,

Maria Eduarda.

 

 
 

                          Torres, 10 de setembro de 2014

Querida Rebeca,

                     Hoje lhe envio um presente que gosto muito, mas também lhe faço um pedido: deixe desacordadas as palavras: MENTIRA, DIVÓRCIO e a GANÂNCIA.

                   Agora vou lhe mostrar seu presente: acorde a BONDADE, FELICIDADE e o AMOR, guarde-as e viva elas.

                  Até logo,

Plínio.


 

                    Torres, 10 de setembro de 2014

Estimada professora Siloí,

                 Escrevi-lhe esta carta para que você me ajude a manter acordadas palavras que foram esquecidas, como: RESPONSABILIDADE, RESPEITO e ESPERANÇA. E quero que me ajude a adormecer as seguintes palavras: CRUELDADE, BRIGA e FOME.

               Com palavras bonitas e alegres tudo deixa de ser insignificante e passa a ser alegre como uma manhã de sol e um belo pássaro colorido, cantando suas lindas canções na janela.

              Com carinho,

                                                                               Ohana.

 
 

                                Torres, 10 de setembro de 2014

Meu caro irmão,

                       Hoje quando acordei, vi o sol na janela e abri-a com vontade.

                      E também resgatei três palavras dos meus sonhos que ninguém usava; essas palavras são PAZ, RESPEITO e ESPERANÇA.

                    E adormeci outras três, e elas são GUERRA, FOME e INJUSTIÇA.

                   E também me ajude a resgatar mais palavras perdidas e a adormecer outras que devem ser esquecidas.

                  E até amanhã, falô.

Giuseppe Luan

 

 

 

 

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